E o que nunca devemos fazer?

Andre: Não acredito que você possa fazer dois tratamentos químicos de uma vez e ainda ter um cabelo saudável. Se estou relaxando o cabelo, não uso tintura. E se pinto o cabelo, não relaxo.

Como o calor também é muito prejudicial aos fios, tento não usar secador ou chapinha no cabelo da Oprah mais do que três vezes por semana. Ultimamente, para diminuir o uso do secador, tenho feito rabo-de-cavalo. Um rabo de cavalo no alto da cabeça pode ser muito elegante.

3mar



Algumas meninas perguntaram a diferença entre leave-in e creme para pentear (ou condicionador sem enxágue). Na verdade, não existe diferença alguma. É o mesmo produto com nomes diferentes: um em inglês e outro em português.

O leave-in foi lançado no final dos anos de 1990 e considero uma das invenções de maior impacto para o segmento de cabelos étnicos. Antes do leave-in o que nos restava? Pomadas pesadas e ceras a base de petróleo que deixavam o cabelo gorduroso.

Alguém se lembra do Óleo de Lavanda Bourbon? Pois era o que eu usava. Passava nos cabelos após a lavagem, ou antes de passar a chapinha. Deixava um cheiro maravilhoso nos fios, mas era a única alternativa (sei que a Ikesaki ainda vende este óleo).

O que o leave-in tem de bom?

- É um produto que altera a aparência do cabelo crespo, deixando-o muito mais maleável

- Controla o ressecamento dos fios, devolvendo oleosidade natural perdida entre as lavagens

- Nutre e revitaliza cabelos danificados, porque contem proteínas, vitaminas, extratos de frutas e óleos essenciais

- Protege os fios contra os danos do meio ambiente

- Deixa o cabelo mais fácil de desembaraçar

- E o melhor de tudo: possibilita que nosso crespinho natural fique solto, com os cachos definidos e volume na medida certa!

Existe uma grande variedade do produto no mercado, e você pode encontrá-lo com diferentes consistências – de cremosa a líquida.

O segredo do leave-in é descobrir a consistência certa para seu cabelo e a qual a quantidade que deve usar todos os dias (portanto, não tenha medo de experimentar vários produtos).

Além disso, analise os ingredientes contidos na fórmula. Sempre dou preferência aos que contém maior quantidade de produtos naturais como óleos de abacate, jojoba, coco, vitaminas A e E, óleos essenciais e queratina.

Já experimentei as versões líquidas, mas não deram certo. Para meu cabelo, o mais indicado são os de consistência cremosa.

Cuidados

Como o leave-in forma uma película protetora ao redor dos fios, é bom evitar o contato do creme com o couro cabeludo, para não provocar o aumento de sebo.

Quem tem cabelo crespo natural, pode aplicá-lo em toda a extensão do fio, uma vez que é um tipo de cabelo que fica mais ressecado.

Se seu cabelo está com química, cuidado com os de consistência muito cremosa, que podem deixar os fios oleosos.

As meninas que estão na fase de transição da química para o crespo natural talvez precisem usar dois tipos de leave-in: um para atender as necessidades da parte crespa, e outro para a parte com a química.

Quando for passar o produto na parte da frente do cabelo, tome cuidado para não deixar resíduo do creme na testa (isto também vale para silicone, pomadas, óleos).

Esta região pode ficar com excesso de oleosidade e, com isso, vão aparecer espinhas. Para reduzir este risco, depois de usar o leave-in, passo loção adstringente (uso o Deep Clean da Neutrogena) com um pedaço de algodão, retirando qualquer restinho do produto que tenha ficado na minha testa. Depois passo o filtro solar e hidratante.

Mais uma coisa: umedeça sempre o cabelo antes de passar o leave-in. Esta é a melhor forma de garantir todos os benefícios do produto.

28fev



Uma das coisas que mais estranhei quando parei com a química e assumi meus crespinhos naturais foi que meu cabelo não brilhava mais. Passava muito silicone, na esperança de que pudesse devolver aos meus fios algo que havia perdido.

Depois de alguns meses, e conforme meu cabelo ia crescendo, comecei a entender todas as particularidades do cabelo crespo natural. Uma delas é que ele jamais terá o mesmo brilho de um cabelo naturalmente liso ou com química.

O motivo é bem simples: o formato dos fios impede que a luz reflita de forma intensa (é só lembrar da imagem de um cabelo liso ao sol para entender o que estou dizendo).

Em vez de pensar no brilho, descobri que a minha principal preocupação deveria ser manter meu cabelo saudável. Parei de usar pomadas e silicones (que em excesso danificam o bulbo capilar) e investi nos benefícios dos óleos vegetais.

Sem dúvida, são os melhores amigos dos cabelos crespos naturais. Além de serem excelentes hidratantes, ainda garantem um brilho saudável. Gosto muito dos óleos de abacate, castanha-do-pará, coco, oliva e jojoba.

Uso estes óleos de duas formas: passo um pouco nos cabelos antes de dormir ou de manhã (após umedecer os fios com água, passo uma pequena quantidade, o equivalente a uma moeda de dez centavos, e em seguida passo o leave-in).

Na hora de comprar o óleo, certifique-se de que não contem mistura de óleos refinados e que foi prensado a frio (processo de extração que garante a preservação de todos os nutrientes).

Gosto muito dos óleos da WNF e os da Naturais da Amazônia.

23fev

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