O que é Tireóide?
O que é Tireóide?
É uma glândula localizada na parte anterior do
pescoço, bem abaixo do pomo-de-adão. Ela produz hormônios que afetam a maioria
dos órgãos, incluindo o coração, cérebro, fígado, rins e pele.
O que é
Hipotireoidismo?
Quando seu médico diz: "Você está com
hipotireoidismo", significa que você apresenta sintomas comuns, compatíveis com
baixa função da sua glândula tireóide, ou seja, sua tireóide está produzindo
pouco hormônio.
Felizmente, o tratamento do hipotireoidismo é fácil,
eficaz e sem dor.
Milhões de pessoas são
acometidas
O hipotireoidismo é muito comum. É difícil estimar o
número de pacientes com a doença, pois muitas pessoas têm hipotireoidismo e não
sabem.
Pesquisas revelam que cerca de 5 milhões de
brasileiros têm hipotireoidismo, a grande maioria ainda não
diagnosticada.
Um grande número de pessoas apresenta sintomas vagos
de cansaço e desânimo, atribuindo-os, de forma errônea, como sendo próprios da
idade.
O hipotireoidismo pode ser encontrado em homens e
mulheres. Sua incidência aumenta com a idade, sendo quatro vezes mais freqüente
nas mulheres, principalmente após os 50 anos.
Quem tem mais chance de apresentar
ou desenvolver hipotireoidismo?
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Mulheres, especialmente acima dos 40 anos;
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Homens acima dos 65 anos;
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Mulheres em período pós-parto (6 meses após o parto);
-
Pessoas com colesterol alto;
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Pessoas que já tiveram doenças de tireóide anteriormente;
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Pessoas com história familiar de doenças auto-imunes (tireoidite de Hashimoto);
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Pessoas que apresentem outras doenças auto-imunes como: Diabetes tipo I, Lúpus e Artrite Reumatóide;
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Pessoas tratadas anteriormente de hipertireoidismo;
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Pessoas que estiveram em tratamento de radioterapia de cabeça e pescoço;
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Pessoas em uso de lítio ou amiodarona;
-
Pessoas com depressão e/ou doença do pânico.
Qual a causa do
hipotireoidismo?
O hipotireoidismo pode ter diversas causas. A mais
comum é a que decorre da doença de Hashimoto. Esta doença aparece quando o
organismo, por razões desconhecidas, não reconhece a tireóide como parte do
próprio corpo e o sistema imune prejudica o seu funcionamento. A tireóide, assim
alterada, produz menos hormônios.
O hipotireoidismo também aparece em pessoas
submetidas à cirur4 da tireóide ou que se trataram de hipertireoidismo (aumento
da função tireoideana) com iodo radiativo ou radioterapia.
Algumas crianças nascem com hipotireoidismo por falta
da glândula tireóide ou por mau funcionamento. Estas crianças devem ser tratadas
imediatamente e por toda a vida, para que possam se desenvolver
normalmente.
Sinais e sintomas do
hipotireoidismo
Como o hormônio da tireóide afeta praticamente todas
as células do seu corpo, você pode apresentar uma grande variedade de queixas se
estiver com hipotireoidismo:
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Cansaço
-
Depressão;
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Pele ressecada;
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Cabelos ásperos;
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Unhas quebradiças;
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Constipação intestinal (prisão de ventre);
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Anemia;
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Fadiga;
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Perda do apetite;
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Aumento de peso;
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Períodos de menstruação irregular ou ausente;
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Tornozelos e rosto inchados;
-
Colesterol elevado;
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Às vezes, pressão baixa.
Efeitos do
Hipotireoidismo
A carência de hormônios da tireóide afeta as pessoas
de diferentes maneiras. Pode causar diversos problemas.
Cérebro: Dificuldade de
concentração, depressão;
Pele e cabelo: Queda de
cabelos, ressecamento da pele;
Coração: Diminuição do
ritmo cardíaco;
Músculos: Fraqueza, dor e
fadiga;
Aparelho digestório:
Constipação intestinal (prisão de ventre)
Fígado: Colesterol
alto;
Rins: Retenção de
líquidos;
Órgãos reprodutivos:
Alterações menstruais e infertilidade;
Outros sintomas: Apatia
(desânimo); ganho de peso; dores articulares.
Um simples exame de sangue comprova
o diagnóstico
No passado, o hipotireoidismo era em geral,
diagnosticado quando já estava em estádio avançado. Hoje, a sensibilidade dos
novos testes laboratoriais possibilitam o diagnóstico em fase muito precoce. Um
destes exames, o TSH (hormônio estimulador da tireóide), mede a quantidade deste
hormônio que está circulando no sangue e informa como está funcionando sua
tireóide.
O tratamento correto garante boa
saúde
É indispensável tratar o hipotireoidismo, pois a
falta de tratamento pode ocasionar sérios danos para a sua saúde. Os riscos da
falta de tratamento do hipotireoidismo diferem de pessoa para pessoa. Nos
recém-nascidos (hipotireoidismo congênito), o tratamento imediato é crucial para
prevenir o retardo mental, atraso no crescimento, deformações físicas e outras
anormalidades importantes. Esta é a razão pela qual todos os recém-nascidos
devem ser submetidos ao "Teste do Pezinho".
Crianças e adolescentes com hipotireoidismo podem ter
seu desenvolvimento mental e físico seriamente comprometidos, se não forem
prontamente tratados. Nos adultos, as conseqüências do não tratamento do
hipotireoidismo podem provocar considerável desconforto ou incapacidade. Se o
hipotireoidismo for acentuado, o não tratamento pode resultar em doença mental e
cardíaca ou, se for de maior gravidade, levar a danos ainda mais
sérios.
Como a maioria dos casos de hipotireoidismo resulta
de danos irreversíveis da glândula tireóide, não existe tratamento que
proporcione cura definitiva.
A reposição hormonal é o tratamento de escolha do
hipotireoidismo e visa repor o hormônio que a tireóide doente não consegue
produzir. O hormônio sintético da tireóide usado no tratamento é chamado de
levotiroxina sódica.
Duração do tratamento
A levotiroxina funciona no organismo exatamente como
o hormônio natural da tireóide. É indispensável tomar os comprimidos de
levotiroxina diariamente, para que o objetivo seja alcançado.
Para a grande maioria dos pacientes, o
hipotireoidismo é crônico, portanto o tratamento deverá ser instituído por toda
a vida.
Precisão na dosagem
A quantidade necessária de levotiroxina varia de
pessoa para pessoa. Seu médico solicita exames muito sensíveis de laboratório
para determinar a melhor dosagem de levotiroxina. Por isto, é importante seguir
as instruções do seu médico, tomando a dose recomendada de levotiroxina,
diariamente.
Melhora lenta e gradual do
hipotireoidismo
Os sintomas do hipotireoidismo não desaparecem assim
que você inicia o tratamento com hormônio da tireóide. Se você mantiver o
tratamento, tomando os comprimidos de levotiroxina diariamente, notará uma lenta
e progressiva melhora na sua aparência e bem-estar. Mesmo que você tenha um
hipotireoidismo acentuado, alguns meses após o tratamento sentirá alívio de
todos os seus sintomas. Mas não se esqueça: sentir-se melhor não significa que
você pode parar de tomar o hormônio da tireóide!
Ainda que os sintomas tenham diminuído, é importante
continuar o tratamento. Os comprimidos que você está tomando substituem o
hormônio que sua tireóide não fabrica mais em quantidades suficientes. Se você
parar de tomar a medicação, seu organismo terá a função do hormônio sintético
diminuída nos períodos subseqüentes e com isso, nas semanas seguintes, seus
velhos sintomas deverão retornar gradualmente.
Para você, que já está em tratamento
com levotiroxina sódica (hormônio tireoideano), seguem alguns
pontos:
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Visite seu médico regularmente e entenda o propósito do seu tratamento.
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Tome seu medicamento todo dia e, de preferência, na mesma hora.
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Caso inicie um tratamento para outro problema, avise ao seu médico que está em uso de levotiroxina. Alguns medicamentos interferem com os resultados dos exames laboratoriais e com a ação da levotiroxina.
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Avise o seu médico quando engravidar ou iniciar tratamento para outras condições. Ele assim poderá ajustar a dose de reposição do hormônio tireoideano.
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Comente sempre com o seu médico o aparecimento de novas reações ou sintomas.
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Faça os exames laboratoriais periodicamente, conforme a solicitação de seu médico.
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Lembre-se de que a substituição de uma marca de hormônio sintético por outra e o ajuste de doses só podem ser feitos pelo médico.
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